sexta-feira, 11 de abril de 2008

Crônicas do Templo: Parte III - O Codex XXIII (23)

Já faz um bom tempo que não publico nenhum conto específico. Tenho idéias de continuidade para "Contos da Metrópole" que em breve estarão no ar (já prometo isso há 1 ano! rs).
Este conto de hoje pertence a série "Crônicas do Templo" que ficou meio que abandonada nesses meses, mas espero voltar com força total. Ele é curto porém profundo, além de dar uma dica "profética" do que virá. Na realidade o Codex XXIII é um fragmento de uma carta no qual convoca todos os cavaleiros templários dissipados pelas turbulações e esquecimento a se reunirem mais uma vez na que seria segundo o cronista (nada menos que Pierre de Saint-Guille!) uma "Ultima Cruzada", no qual o inimigo não seria visivel, porém alguém mais oculto e perigoso, este sendo o começo do fim... Vamos ao relato! espero que gostem!
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FRAGMENTO Nº3

"...Um dia desses ao me deparar com velhos escritos junto com Dantè, nos encontramos em prateleiras empoeiradas com contos que assinamos a eras atrás, e seu conteúdo, simples e padrão para a época, hoje nos causou impacto, pois viamos o mundo com mais Fé e nossa Cruzada com mais força interior. Disse à ele que não eram os textos que eram fortes... mas nós que enfraquecemos neste tempo...

Numa folha de papel vazia, no canto do rodapé que jamais lembraria de ter escrito... Apenas uma frase que me fez arrebatar por completo... alí em texto antigo itálico a epígrafe de toda a minha vida...

Lá estava escrito:

“Abençoarei aqueles que te abençoarem e amaldiçoarei aqueles que te amaldiçoarem...”
- Gênesis 12:3


Soube nesta hora que realmente tinhamos enfraquecido... e MUITO..."

- Carta de Pierre de Saint-Guille "Codex XXIII - Do Chamado de Todas as Armas e a Proclamação do Fim da Dormência Secular" sobre a profecia do Renascimento dos Templários e a afirmação do Apocalipse Segundo São João (Langley, Inglaterra - 1314)

Um comentário:

Dante disse...

Nada menos que uma tarde. Não precisávamos de mais nada, ou talvez alguns segundos, para reparar que cavaleiros mostram como são em momentos de dificuldade.

Foi como reviver certas batalhas, dores, como se cicatrizes pudessem reabir, para lembrar que o valor de nosso velho sangue ainda corre com orgulho.

Qual o valor de Jerusalém?
Ainda que tardiamente, descobri que podemos correr por muito tempo atrás de erros, mascarados por ilusoes maravilhosas, mas o real aprendizado, ou talvez o de mais valor, é que temos pessoas como Pierre de Saint Guille

Ainda que eu caminhasse pelo escuro, descalso e pisando em pedras pontudas, meu amigo cavaleiro me deu forças para levar o desafio que fosse para frente, sempre com coragem.

Enfraquecemos por descansar. Não há aprendizado sem cicatrizes, ainda que essas tenham um preço maior do que nossa cabeça possa suportar, mas quando ela se recupera, surge mais forte.

como diria meu velho amigo:

"Um Cavaleiro jamais morre... apenas some na imensidão do deserto para voltar mais forte"

abraços.